segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Amor a distância...


          Eles se conheceram por meio de um site de relacionamento e, apesar da distância entre as cidades - ou países - em que vivem, começaram a namorar. Ou não. Já namoravam, quando apareceu aquela proposta irrecusável de trabalho e um dos dois mudou-se para longe. Pode parecer impossível que relações como essas possam sobreviver, mas muitas vezes sobrevivem - e até crescem na distância. Como? O telefone é o maior aliado dos casais afastados pelas circunstâncias. Não há nada mais gostoso do que, à noite, na cama, conversar muito tempo sobre o que cada um fez, lembrar do último encontro, trocar confidências e fantasias eróticas, falar sobre a saudade. Os mais moderninhos podem até usar as câmeras do computador para se ver reciprocamente. Trocar e-mails também pode ser excitante. E cartas. São gestos de carinho que alegram o parceiro e dão alento à união. Sem falar que há também msn, Facebook e outros recursos que permitem mandar e receber mensagens ao vivo, de maneira sincronizada, sem ter de esperar muito pela resposta. São verdadeiras conversas virtuais.
           A saudade, no fim das contas, funciona como afrodisíaco. A espera pelo dia do próximo encontro torna-se absolutamente excitante. Na véspera, os dois já começam a se preparar, pois querem dar o melhor de si, mostrar atenção, dedicação. Afinal, nada é demais para quem se vê pouco. Cada minuto deve ser vivido intensamente. O sabor é sempre de recomeço, não há rotina, nem cobranças.
           Tudo isso alimenta a relação, mas o que conta, mesmo, para que ela se mantenha viva, é a confiança. Um não vê o que o outro anda fazendo, mas precisa confiar. Esse é um bom teste para o futuro. E tem de haver também um projeto, planos para serem realizados a dois. Se não houver, e se a separação for muito longa, é maior o risco de a relação terminar, pois quem garante que um ou outro não se envolverá com alguém mais disponível?
           Pessoas muito racionais ou imediatistas têm mais dificuldade para viver um amor assim. Ele exige a capacidade de fantasiar, de sonhar, de acreditar nas ilusões. Exige também força, para aguentar as frustrações, a saudade. Quem experimenta um envolvimento como esse fica dividido. Quando está junto de seu amor vive para ele, sente-se íntimo, acha tudo perfeito! O desejo sempre é forte, o carinho e as conversas não têm fim, os compromissos ficam para depois. Mas com a separação a vida volta ao normal e toda a intimidade parece evaporar! Há uma sensação de vazio, de perda, em cada afastamento, e daí a pessoa começa a viver de saudades e de lembranças, precisa aprender a ficar só e a tirar prazer também da solidão. Se não há segurança, o ciúme toma conta. As fantasias, em vez de serem boas, ganham sabor de perda e traição. O sofrimento torna-se maior do que a alegria dos encontros.
           Quem entra num relacionamento a distância não pode se esquecer de que são dois os envolvidos e que o outro também tem de seguir seu caminho, sua viagem pessoal. Se for possível acompanhar, ótimo. Se não, melhor cair fora. Aqueles que dão conta do recado, porém, vivem uma experiência muito interessante, de desapego, de liberdade, de confiança. Como diz o poeta gaúcho Mário Quintana, "tudo vale a pena se a alma não é pequena!"

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ciclo de rotinas.

          Estava tendo uma vida bastante rotineira, de casa pro colégio, do colégio pra uma lanchonete, da lanchonete pra casa, e assim sucessivamente até o final de semana que me distraia lendo algo, assistindo um filme. Porém houve uma reviravolta na minha vida!
          Meu avô veio para cá fazer um tratamento no qual eu o acompanho me fazendo acordar bem cedo, algo bastante diferente, estou tendo a oportunidade de ajudar alguém e isso me deixa bastante feliz! E o melhor, ouvindo histórias de todas as épocas de todas as pessoas que como meu avô esta a aguardar sua vez de ser atendido.
           Resolvi também ter uma vida menos sedentária, e entrei numa academia, sim eu entrei e faz mais de um mês que não falto ou penso em desistir (um Recorde), bom o colégio não há como escapar dele, quanto a net? De vez em nunca, não tenho o menor saco, e entro no msn deixando sempre com status de ocupado só para não pagar a conta da internet com o gostinho de não ter usado nada. Isso não é nada, e pra tentar fugir ainda mais de uma rotina que sempre tive, comecei a namorar e na verdade é tudo muito novo, tão novo que não irei pré-julgar o que sinto.
           Por último preencho cada minuto do meu final de semana na rua, em festas, nas casas, em qualquer lugar que não seja minha casa!
           Concluindo essa minha pequena agenda que me deixou não sem tempo, pois aprendi que há tempo para tudo, basta à gente querer, entretanto quando gastamos nosso tempo com tudo perdemos a vontade de pensar pelo simples fato do cansaço de um esforço, e começamos a vagar. Bom não posso generalizar, melhor falar que perdi a vontade de pensar como antes e isso me deixa tão mais inútil como qualquer outro dia que não fiz nada de nada. Tudo se torna um ciclo vicioso.
           Creio que sou a pessoa mais estranha da face da terra, pois NUNCA, JAMAIS sei o que realmente quero, e tudo que almejo, quando finalmente consigo deixa de ser interessante, perde a graça, não correspondem as minhas expectativas, não sei se tomo um novo rumo ou continuo a ter uma vida de formiga operaria.


Será que sou a única assim? u.u'